A imagem é de uma foto antiga digitalizada, com marcas do tempo a fotografia registra a futura Yalorixá Anna, que aparenta ser uma moça adolescente. Ana está ao centro da imagem, negra, com cabelos amarrados tem seu olhar encarando a câmera, com blusa de manga na cor branca e short curto branco ela pousa escorada os braços em um galho de árvore. Ao fundo um barranco pequeno, muitas árvores e muitos galhos também, o chão é de areia.

Anna Maria de Sousa, nascida em 4 de dezembro de 1969, em Santarém-Pará, foi criada por sua avó, Dona Morena, que sustentava a família lavando roupas nas margens do Tapajós. Desde menina, Anna aprendeu a arte da cura com folhas, cascas e raízes, ensinada por sua bisavó e por seres encantados.
Sem registros fotográficos de sua infância, sua história vive nas memórias e tradições familiares. volta 19 anos, foi fotografada no lugar que sempre foi sua maior fonte de sabedoria, simbolizando sua conexão com a natureza e os ensinamentos ancestrais.
Em meio às águas do Tapajós e aos sussurros dos encantados na mata, Anna encontrou seu caminho, guiada pelas mãos de suas ancestrais e pela força da terra que a viu nascer.

A imagem é uma foto antiga digitalizada e registra uma cerimônia religiosa, ao centro há um homem com uma blusa de botão florida e um pano de cabeça com a mesma estampa segurando uma vela acima da cabeça de Kathellen que é uma criança de no máximo 2 anos, vestidas de branco. Ao redor tem 6 pessoas, duas mulheres vestidas de branco com mangas rendadas e com panos de cabeça. Uma criança ao fundo com olhar de curiosidade também chama a atenção na imagem.

O Chamado através da dor
Foi através de caminhos tortuosos e eventos marcantes que Mãe Anna encontrou na Umbanda seu refúgio e teve seus primeiros contatos com uma religião de matriz africana. A perda de sua primeira filha, Michelle, envolta em mistérios e feitiços, trouxe sombras profundas ao seu coração. Mas o Tempo, em sua dança eterna, trouxe-lhe Kathellem em 1988. Com as bênçãos de Mãe Mariana e do Pai Zé Raimundo, Mãe Anna buscou proteção e luz para que sua filha pudesse crescer protegida de feitiços e maldades.
A foto é uma celebração do batismo de sua filha na Umbanda.

A imagem é uma fotografia antiga digitalizada e possui bastante marcas do tempo nas bordas. A foto registra a “saída de sua orixá”, simbolizando a vitória e a renovação. Mãe Anna está ao centro, com cabelo raspado, com um vestido branco longo, com a cabeça virada para baixo, sua cabeça e seu corpo estão pintados e segura nas mãos uma folha de espada de São Jorge. Ao fundo uma parede branca e um rapaz vestido também de branco.

Iniciação no Candomblé
No candomblé, Mãe Anna fez sua iniciação anos depois de conhecer a umbanda. As dificuldades financeiras para dar início ao seu processo de iniciação foram vencidas com a parceria de seu irmão de santo, Francisco. As emoções foram marcadas pela saudade da família durante o período de recolhimento que passou. Mas o desejo de um futuro melhor e a fé inabalável a conduziram até o fim do processo. A foto, um registro da “saída de sua orixá”, simboliza a vitória e a renovação. Mãe Anna deu início a sua trajetória sacerdotal no dia 12 de novembro de 1998 passando por um período de recolhimento até o dia 02 de Dezembro onde a Yawô nasceu para o orixá.

A imagem é uma fotografia antiga digitalizada, nela aparecem duas pessoas sentadas, centralizadas e que ocupam toda imagem. Elas estão vestidas com roupas de seus orixás, a esquerda a recém Yaô Anna filha de Iemanjá está vestida toda de branco, com adornos pratas e uma folha de espada de são Jorge e um espelho na mão. A Direita Seu Irmão de santo Francisco com uma roupa azul clarinha de cetim e adornos também prateados. Ambos se sentam em cadeiras de madeira, estão com olhos fechados. Ao fundo uma parede branca com alguns escritos que não é possível ler.

Odocyabá!
Na dança sagrada da vida, a saída do Orixá é um renascer, um florescer de fé após o inverno da reclusão, processo de formação sacerdotal todo que yawô passou. Esse é o momento onde o silêncio das renúncias se transforma em cânticos de celebração, e cada passo na terra é uma prece que se eleva. Como folhas que se abrem ao sol, os iniciados revelam seus nomes divinos, tecendo com suas vestes e ferramentas. É a festa da alma, a festa do ser, onde cada toque do atabaque é um convite para a vida recomeçar. Na Foto mãe Anna e seu irmão de Santo Francisco em um momento que ainda faz parte de sua "saída do orixá"

A imagem é uma fotografia antiga digitalizada, na lateral 4 homens vestidos de branco, ao centro um homem aparentando meia idade vestido com uma blusa marrom e calça preta, ao seu lado Mãe Anna, mulher de meia idade com um vestido florido estilo tomara que caia e um chapéu de palha com um lenço vermelho na mão. Ao fundo uma parede branca escrito Casa de Candomblé, umas palhas, alguns balões vermelhos e um atabaque.

Saravá
Mãe Anna Continuou trabalhando com suas linhas na umbanda, uma de suas entidades bastante conhecida em sua coroa foi Dona Nega Anna, entidade que dizia ter vivido na época da escravidão e morta a chibatadas no meio do canavial, conhecedora de mandigas e ervas ninguém se atrevia mecher em seu balaio.
Na Foto a entidade sendo apresentada como mais uma a chefiar o Terreiro da Yalorixá.

Sagrado companheiro
A relação de afro religiosos e os instrumentos musicais de suas cerimônias é de profundo respeito e conexão, em especial com Atabaque, que marca o compasso das músicas e ajuda na dinâmica do axé durante as cerimônias.
Nos terreiros que Mãe Anna dirigiu cada espaço sagrado era construído a partir da singularidade e energia de cada um.
A foto buscou retratar a conexão que mãe Anna tinha com o atabaque e a música dentro de sua religião
As roupas características das religiões afro faziam parte das diversas vestimentas que Mãe Anna possuía e que posteriormente a sua partida a parte foram doadas para a Mãe de Santo da Yalorixá.As roupas características das religiões afro faziam parte das diversas vestimentas que Mãe Anna possuía e que posteriormente a sua partida a parte foi doado para a Mãe de Santo da Yalorixá.

Na fotografia o registro do Terreiro de Mãe Anna, um salão aberto, na parte superior aparece o forro branco, na parte central o Altar coberto por um pano branco, a frente um buquê de rosas vermelhas, uma parede lisa azul decorada com tecidos vermelhos. Nas laterais ao fundo há duas imagens sagradas, uma masculina vestida de branco, com lenço verde e chapéu de palha e uma feminina com vermelho e um chapéu de palha. A maior parte da imagem se concentra em mostrar o lugar aberto, então boa parte da imagem é composta pelo piso branco e a sensação de um lugar amplo.

O Sonho
No bairro Caranazal em Santarém, por volta de 1996, Mãe Anna conquistou seu primeiro terreiro, um território sagrado adquirido através da compra da casa de sua própria mãe de santo. Quando esta se mudou para outro bairro, possibilitou o início de uma nova jornada para ambas. Anos se passaram e, em 2005, Mãe Anna mudou-se para o bairro Alvorada, uma área de ocupação irregular. Com dedicação e fé, algum tempo depois de sua mudança, iniciou a construção de um novo terreiro, finalizando a construção no início de 2016.
Foram anos de trabalho, suor e devoção para alcançar essa conquista. No entanto, próximo ao desejo de inauguração oficial do templo de luz "Oba de Doiá", Mãe Anna descobriu que possuía um problema grave no coração. Em pouco tempo, ela passou por uma operação para reparar o problema mas, infelizmente, fez sua passagem para o plano espiritual durante o pós-operatório e suas complicações.
A foto mostra de forma ampla como foi o terreiro e como era cuidado pela Yá.

Na fotografia aparece Mãe Anna, com aparência de 40 e poucos anos, está com indumentárias de religião de Matriz Africana, uma saia e uma blusa vermelha vibrante no mesmo tom, com um pano de cabeça no mesmo tom e tecido de sua roupa. No pescoço muitas Guias, está de óculos e batom vermelho vibrante. Ela está se apoiando em 3 atabaques que estão cobertos por um longo tecido branco bordado, ao fundo, na parte esquerda da fotografia aparece uma imagem de um Preto Velho num altar, com uma blusa verde e uma calça branca, a frente da imagem algumas velas.

Mãe Anna: A Essência da Fé Vivida
Mãe Anna, guardiã de mistérios e saberes, não deixou muitos registros fotográficos, pois sua fé era vivida, sentida em cada gesto, em cada olhar. Mãe Anna não se preocupou com registros, pois sabia que a verdadeira fé está nas ações, nos sorrisos e na simplicidade de viver. E assim, sua história ecoava e ecoa, não em livros ou documentos, mas nos corações daqueles que tiveram a honra de ouvi-la e conhecê-la. Na foto, Mãe Anna de Iemanjá está em seu terreiro, posando ao lado de seus atabaques cobertos por um tecido rendado, demonstrando que os trabalhos ainda estavam fechados".

Na fotografia, em estilo paisagem, na parte direita aparece Kathellem, uma mulher negra, posicionada de frente a 3 atabaques e de lado na imagem, vestida com roupas de religião de Matriz africana. Na imagem seu corpo aparece por inteiro, ela veste uma blusa branca rendada e uma saia rosa em tom claro que vai até um pouco abaixo do joelho. Na parte esquerda os 3 atabaques, instrumentos ligados às religiões de Matriz Africana, estão em cima de uma coberta feita de crochê nas cores vermelha e branca. Ao fundo, uma parede de tijolo e uma porta que está aberta.

A Voz Encantada de Anna
Mãe Anna, com sua voz encantava quando entoava os pontos dos orixás e caboclos, cada nota uma prece, cada verso uma bênção, Inspirando todos ao seu redor.
Seu canto era como o vento suave, que acaricia a alma e desperta o espírito, uma melodia sagrada, cheia de devoção, que tocava corações e elevava mentes.
Yalorixá guardiã dos cânticos ancestrais, com sua voz trazia a força dos orixás e a sabedoria dos caboclos.
Na, foto uma reprodução do contato da Yaloriá com os Atabaques Rum, Rumpi e Le. As roupas características das religiões afro faziam parte das diversas vestimentas que Mãe Anna possuía.

Salve suas forças Vovó Maria Conga!
Era no colo de Vovó Maria Conga que Mãe Anna encontrava alento em seus dias difíceis. Ali, envolta pelo carinho e sabedoria ancestral, sentia o peso do mundo se dissipar. Cada abraço era um bálsamo, cada palavra, uma lição de amor e resiliência. No aconchego daquele colo sagrado, Mãe Anna redescobriu a força para seguir em frente, guiada pela luz e pela serenidade de Vovó Maria Conga.

Mãe Anna: Guardiã da Tradição e da Fé
Mãe Anna, em sua jornada terrena, manteve-se humilde e em constante comunicação com o sagrado. Aprendia, dia após dia, a equilibrar a severidade e o carinho, contribuindo com a sabedoria e o amor de uma mãe.
As roupas características das religiões afro faziam parte das diversas vestimentas que Mãe Anna possuía e que posteriormente a sua partida foram doadas em sua maior parte para a Mãe de Santo da Yalorixá

Mãe Anna está em frente a seu Altar Minutos antes de iniciar seus trabalhos, com indumentária da religião de Matriz Africana, um vestido longo vermelho e um pano de cabeça também vermelho do mesmo tecido do vestido, muitas guias em seu pescoço. Mãe Anna apoia o braço esquerdo no altar que está coberto por um longo tecido branco bordado com três imagens , uma de Nossa Senhora da Conceição, outra de São Lázaro e uma outra de nossa senhora de Nazaré e a esquerda uma imagem pequena de Yansã. Há muitas velas de 7 dias acesas.

Mundos que não se misturam presentes e viventes
Mãe Anna em frente a seu Altar Minutos antes de iniciar seus trabalhos.

O Axé
No terreiro, o axé é vida, um movimento que nasce do sagrado. Mãe Anna, em seus cantos e danças, emanava a força do seu legado. Com sabedoria e precisão, fazia a energia girar. No ritmo do tambor, a magia; no balanço do corpo, a fé. Mãe Anna, guardiã do axé, transformava a noite em dia.
Na foto, uma reprodução de como a Yalorixá se preparava antes de seus trabalhos. As roupas características das religiões afro faziam parte das diversas vestimentas que Mãe Anna possuía.
As roupas características das religiões afro faziam parte das diversas vestimentas que Mãe Anna possuía e que posteriormente a sua partida foram doadas em sua maior parte para a Mãe de Santo da Yalorixá

Amor e Cuidado
Yá Anna, com mãos ternas e coração devoto, Sempre manteve o cuidado carinhoso com o seu sagrado, como uma mãe que embala seu filho protegendo e nutrindo com amor e fé.

As roupas características das religiões afro faziam parte das diversas vestimentas que Mãe Anna possuía e que posteriormente a sua partida a parte foram doadas para a Mãe de Santo da Yalorixá.

A fotografia é em close enquadrando um pouco abaixo do ombro até um pouco abaixo da cintura de Kathellen, aparece na parte superior da foto os cabelos dela somente. Kathellen veste uma blusa branca com bordados e uma saia estilo godê rosa no tom claro, na imagem aparece apenas o seu braço direito. Em seu pescoço algumas guias, uma preta e vermelha, uma verde, uma amarela, uma laranjada e uma branca.

Mãe Anna no Àiyé
De pés descalços, Mãe Anna caminhava, com vestes que não seguiam padrões, mas que encantavam. Sua beleza um reflexo de sua alma, nos relatos da família sua história se espalha e mantem-se viva através da oralidade. A Yalorixá no início de seu desenvolvimento, rejeitava calçados, preferia o chão sentir, suas entidades também.
Descalça, ela dançava, em harmonia com a terra, cada passo uma prece, cada movimento uma guerra. Sua mãe de santo tentava, mas os pés livres queriam estar, Pois a conexão com o sagrado ela encontrava no contato com o chão.

A fotografia mostra o jardim/quintal do terreiro, algumas árvores de médio porte, uma passarela cimentada, uma parte nas laterais de areia, o lugar está extremamente limpo. Ao fundo aparece o muro branco e na parte superior o céu azulado.

O cuidado e a construção de um espaço
O jardim/quintal do terreiro, cuidado com afeto, mostrava o quanto a yalorixá valorizava a natureza, entendendo o seu aspecto sagrado através dos orixás.

A fotografia é de uma roseira vermelha muito bem cuidada e toda florida. No canto esquerdo há uma estátua de uma criança em tom barroso.

Mãe Anna: Qualidade, Amor e Cuidado
Quando a vida de mãe Anna ainda pulsava neste plano,
Dedicava-se ao jardim do terreiro com amor insano.
Cada flor, um gesto de carinho e devoção,
Cultivando a natureza com o coração.

Na fotografia Mãe Anna e uma mulher estão sentadas a beira de um lago, elas aparecem de costas no primeiro plano, ao fundo o lago com água esverdeada e límpida e muitas árvores ao redor.

Mãe acolhedora
Em sua caminhada espiritual,
Mãe Anna não teve muitos "filhos de santo",
Sua frase preferida era um sinal,
“Eu quero qualidade, não quantidade”, dizia com encanto.
Mas seu amor, carinho e cuidado,
Tocaram muitas vidas, sem alarde,
Em cada gesto, um legado,
Deixando marcas de amor, como um estandarte.

A imagem é uma fotografia em estilo retrato de kathellen, uma mulher negra de cabelos médios, uma blusa rendada azul segurando uma rosa no meio do rio. A imagem é composta pelo rio e Kathellen ao centro. Quase de perfil ela segura uma rosa branca nas mãos, com olhar sereno olha para a rosa, a água está batendo em sua cintura.

Filha de Iemanjá Oxalá
Filha das águas e da luz serena,
De Iemanjá e Oxalá, a alma plena.
No abraço do rio que mais parece mar, encontrou seu lar,
Na luz do céu, continua a brilhar.
Seu espírito dança nas ondas do rio-mar,
E nas estrelas, seu brilho a guiar.
Na ancestralidade, sua força repousa.

Na fotografia Mãe Anna aparece com indumentária de religião de Matriz Africana, uma saia branca , roupa tradicionalmente usadas no terreiro, que visualmente fica similar há um vestido sem alças. Mãe Anna está aos pés de uma cachoeira pequena, a beira de um lago em que as águas estão dando a entender movimento. Na composição da imagem ela aparece de corpo inteiro, ao fundo o lago, a cachoeira e alguns galhos de árvores.

A força ligada a natureza
O respeito e o saber que Mãe Anna tinha do sagrado,
Destacavam-na entre muitos, um brilho raro.
Consciente da força dos orixás na natureza,
Não poupava esforços para essa conexão, com certeza.
Auxiliava os seus com amor e devoção,
Sempre em busca da divina comunhão.
Em cada gesto, um elo com o ancestral,
Mãe Anna, um farol no caminho espiritual

Fotografia de Mãe Anna na cachoeira, uma mulher negra, de cabelos longos, aparentando ter 45 anos. Ela está ao centro da imagem com vestes branca de religião de matriz africana, envolta das águas, por conta da velocidade alta da câmera a cachoeira na imagem aparece bem nítida, quase que congelando os pingos, ao mesmo tem que há um leve desfoque por conta da cor branca.

Nas forças de Oxum Ora Yê Yê Ô
A força e a serenidade das águas da cachoeira simbolizavam a purificação e a renovação espiritual, elementos essenciais na prática de Mãe Anna.
A imagem é um testemunho da dedicação de Mãe Anna em manter viva a tradição e a espiritualidade de seus ancestrais, buscando sempre a harmonia e a proteção nas bênçãos da Yabá Oxum.

A fotografia possui um ângulo bem aberto, pegando a entrada toda do terreiro e ao centro, na frente de uma porta Kathellen , mulher negra, de estatura mediana, com indumentária de religião de matriz africana. A roupa é uma blusa e uma saia vermelha que vai até abaixo do joelho, a mesma vestimenta de Mãe Anna usa na imagem 12, e um pano de cabeça no mesmo tom vermelho cintilante. A frente do terreiro é verde desbotada, então as cores da roupa, da frente do terreiro e da porta que é marrom fazem a composição estética da imagem.

O Tempo e sua força de transformação
O terreiro fechado, um silêncio profundo,
A presença de Mãe Anna ainda ecoa no mundo.
Mãe Anna, em cada brisa, em cada flor,
Seu espírito vive, um legado de amor.
O Orixá Tempo, guardião do destino,
Mantém viva sua presença, um farol divino.

A fotografia, em estilo retrato, é de um altar que possuem 3 imagens religiosas, as mesmas que aparecem na fotografia 12. Uma imagem é de Nossa Senhora da Conceição, a direita, outra de São Lázaro , ao centro, e a esquerda uma outra de nossa senhora de Nazaré .O altar é azul claro e tem marcas do tempo, tem sua parte superior arredondada e várias pontas de palhas também aparecem na parte superior da foto.

Passos de fé perdidos na saudade.
A continuidade oscilante e descuidada,
Reflete uma dor lacerante, uma ferida calada.
No colo dos filhos carnais de Mãe Anna,
A ausência se faz presente, uma dor que emana.
Cada dia, um eco de saudade,
Uma lembrança viva, uma realidade.
O tempo, em sua marcha constante,
Revela a falta, um vazio incessante.

: A imagem é uma fotografia em estilo paisagem, ao centro da imagem está kathellen ajoelhada e curvada sobre um altar, não é possível vê seu rosto pois ela está posicionada de frente para o altar e de costas na imagem. O altar possui muitas velas de 7 dias acesas, imagens de santos e outras imagens pequenas, o altar ocupa a parte média da foto de ponta a ponta horizontalmente. Na parte superior da imagem é possível vê velas brancas e quartinhas brancas.

A imagem é uma fotografia em estilo paisagem da frente do terreiro, a entrada é toda verde com marcas do tempo, bem ao centro da entrada e ao centro da imagem há uma porta de madeira e acima uma lâmpada ligada e essa luz da lâmpada faz a composição da imagem.

O Fim De Um Ciclo Início De Muitos Outros

O tempo em suas camadas imprevisíveis guardou um sonho, porém não deixou de contar sua história e marcar a presença de mãe Anna nos espaços que ela ocupou nas roupas que ela vestiu, nos filhos que ela deixou.
Diante da entrada do terreiro, onde o tempo deixou sua marca, respira-se a memória de Mãe Anna. Oito anos se passaram desde que sua passagem para o orún, mas sua presença permanece viva nos espaços que ela ocupou, nas roupas que ela vestiu, nos filhos que ela deixou.
A frente do terreiro, agora silenciosa, ainda guarda a essência de sua força, de sua fé, de seu amor.
Aqui, onde ela recebeu tantos irmãos e irmãs, onde ela compartilhou sua sabedoria e seu conhecimento, ainda se sente o calor da sua presença. E nos olhos dos que ela deixou, brilha a chama da sua essência, da sua memória.

A fotografia é em estilo paisagem, uma foto noturna em que toda a parte superior é escura e na parte esquerda da imagem está Kathellen, mulher negra, que aparenta uns 28 anos, vestida com indumentária de religião de matriz Africana, a mesma saia e blusa vermelha vibrante que Mãe Anna usa na fotografia 12, com um pano de cabeça vermelhos no mesmo tom, ela está abaixada com uma vela vermelha acesa na mão e 3 velas vermelhas já estão fixadas na sua frente. Toda parte inferior da foto é de um chão praiano e ao fundo no canto direito têm-se várias velas vermelhas acesas. A composição estética da imagem se dá no jogo de luz da vela e no tom avermelhado da indumentária, contrastando com a escuridão da parte superior da foto.

Exu é Mojubá!
Mãe Anna enquanto no Àiyé entendi que a força do seu sagrado e cultivava com carinho e profundo respeito e seriedade suas energias.

A imagem é uma fotografia em estilo retrato, a parte inferior aparece apenas o chão, uma lajota ladrilhada, amarela em dois tons, uma escura e outra mais clara. Na parte média da foto encontra-se Mãe Anna rodeada de grandes imagens/estátuas da religião de matriz africana. Mãe Anna está na parte média esquerda da foto, ao seu lado, quase que do seu tamanho, uma imagem/estátua de uma entidade negra, uma mulher, com vestido vermelho. Mãe Anna apoia-se com o braço esquerdo nela. Um pouco atrás, ainda na porção média da fotografia uma imagem/estátua de uma entidade negra, assemelha-se há um caboclo, suas vestes são coloridas como o arco-íris e um cocar também colorido. Ao lado, na parte central da foto uma imagem/estátua de Zé Pelintra escorado numa pilastra, um homem negro com terno e calças brancas, blusa branca e gravata vermelha. Na parte de traz a imagem/estátua assemelha-se a Yemanjá, e na parte direita central da foto uma outra imagem/estátua sagrada de uma mulher, com vestes vermelhas sentada.

A imagem é uma fotografia em estilo paisagem, na parte direita está Mãe Anna, uma mulher que aparenta de 45 anos , com um chapéu quadriculado, óculos, e uma blusa. Ela está sentada na beira do rio, sua posição é de perfil, na parte central e esquerda da imagem o pôr do sol e as águas do rio, na parte superior galhos de árvore. Por conta da luz do sol a foto está um pouco contra luz